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PEGN – Startup brasileira inova com células-tronco para cães e gatos

PEGN – Startup brasileira inova com células-tronco para cães e gatos

By cellen 10 de julho de 2016 Mídia

Segundo pesquisa divulgada pelo IBGE em junho de 2015, no Brasil, 44,3% dos domicílios possuem pelo menos um cachorro. O estudo também estima que existam mais de 52 milhões de cães e 22 milhões de gatos domésticos no país. Esses números demonstram que existe um vasto mercado para empreendedorismo ligado ao mundo pet, e é justamente no setor de saúde dos animais de estimação que uma startup carioca pretende inovar.Atualmente em aceleração na incubadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFJR), a Cellen é uma startup especializada em cultivar células-tronco para uso veterinário. A empresa trabalha hoje na criação do primeiro banco de células tronco do estado do Rio de Janeiro e espera começar a oferecer esses materiais ao mercado até o fim deste ano.

A Cellen, criada pela médica veterinária Luciana Figueiredo, nasceu em 2013. Entre 2008 e 2013, Luciana foi pesquisadora de ciências veterinárias na Fundação Oswaldo Cruz. Lá, desenvolveu vários trabalhos ligados ao tema e, em um deles, conheceu as pessoas que hoje são seus sócios: o biotecnólogo Helio Menezes e a bióloga Tatiana Sampaio. “Eu adorava trabalhar com pesquisa, mas, embora os estudos mostrassem o potencial das células tronco, elas ainda estavam muito distante dos animais. Então, eu decidi investir na ideia de montar um laboratório para tratar os animais e chamei os dois para trabalhar comigo”, diz.

Durante um ano, a equipe elaborou todos os planos do negócio e, em junho de 2015, foram aceitos na incubadora da UFRJ. “Como a visão de todos os integrantes era puramente técnica, fizemos um curso de iniciação ao empreendedorismo que a incubadora oferece. Com isso, conseguimos nos organizar para mostrar à incubadora o potencial de mercado que nossa ideia tinha”, diz.

De acordo com a empreendedora, existem, hoje, apenas cinco bancos de células tronco para uso veterinário no país. Um deles fica em Brasília (DF), outro em Canoas (RS) e os três restantes no estado de São Paulo — na capital, em Campinas e em Botucatu. As células devem sempre ser injetadas nos animais em até, no máximo, 24 horas após saírem dos bancos. E como não há nenhuma iniciativa no Rio de Janeiro, a empreendedora espera que a Cellen conquiste esse mercado.

Atualmente, a startup trabalha na coleta de material biológico com sete veterinários parceiros para montar o banco de células tronco. “Já temos células de cães, gatos e cavalos, que são coletadas de tecido adiposo, medula óssea ou cordão umbilical”, diz a empreendedora.

A empresa está aberta a novos veterinários cariocas que queiram enviar suas amostras. A partir dos materiais biológicos encaminhados, a equipe da Cellen isola, ativa e, no futuro, irá disponibilizar as células tronco para tratamentos.

Segundo Luciana, as células tronco têm capacidade de se transformar em outras células, sejam elas ósseas, musculares, nervosas, entre outras. Portanto, elas podem auxiliar no tratamento de lesões, doenças de articulação, artrites, artroses e, até mesmo, na paraplegia. “Em um estudo que fizemos em laboratório, conseguimos fazer um cachorro voltar a andar. Ele recuperou o movimento lentamento, mas teve um ótimo desenvolvimento”, diz.

O tratamento com células tronco é feito com injeções de amostras ativas na parte do corpo do animal que está afetada. Segundo Luciana, em média, são utilizadas duas injeções, com preço em torno de R$ 1 mil cada. A especialista afirma que, caso o tratamento tenha efeito, os primeiros resultados devem aparecer em 30 dias. Luciana alerta para o perigo das expectativas que as células tronco trazem. “Elas são capazes de grandes resultados, mas variam muito para cada caso. O ideal é sempre manter os pés no chão durante o tratamento”, diz.

A principal dificuldade da Cellen é a necessidade dos veterinários conhecerem os tratamentos com células tronco. “No Rio, já existem profissionais que trabalham com essas células e que são potenciais clientes, mas eles são poucos. Por isso, teremos que criar a demanda”, diz Luciana. Parte do planejamento da empresa é desenvolver um material de capacitação que seria distribuído aos dentistas da região.

Hoje, a empresa utiliza os laboratórios da UFRJ, mas já existem planos para criação de um laboratório próprio. Para isso, Luciana calcula que serão necessários cerca de R$ 850 mil. “Estamos abertos a investidores e também nos inscrevemos em editais de fomento de instituições como Senai, Faperj e BNDES”, diz. A empreendedora não quis divulgar quanto dinheiro ela e seus sócios já investiram na empresa.

Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios

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